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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Brincando com o Perigo


Teste com brinquedos encontra 390 vezes a quantidade de ftalatos permitida pela legislação, as substâncias tóxicas, que podem oferecer riscos à saúde, foram detectadas em sete dos 17 produtos testados. O Idec realizou um teste com 31 brinquedos para avaliar se os fabricantes estavam cumprindo a Portaria nº 369/2007 do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) que determina o limite de 0,1% de ftalatos (DINP, DIDP, DNOP, DEHP, DBP e BBP) na composição de brinquedos feitos a base de PVC.

Além disso, o teste procurou também excesso de metais pesados como antimônio, arsênio, bário, cádmio, chumbo, cromo, mercúrio e selênio, todos limitados pela legislação brasileira. Ao todo, oito brinquedos apresentaram níveis elevados de ftalatos e nenhum trazia metais pesados além do permitido.

Quatro dos produtos analisados contêm quantidades muito além da permitida para menores de três anos de um tipo de ftalato, o DINP: o Lovely Collection traz 39% do composto; o Shrek 3 traz 38%; o Meu primeiro boliche, 32%; e a Mônica é composta de 30% dessa substância.

Em quatro dos brinquedos testados, as concentrações são elevadas para o DEHP, proibido para qualquer idade, além de 0,1%. São eles: o Funny Car, com 6%; o Shrek 3 (também com elevado índice de DINP), com 2%; o Garu, com 0,2%; e o Smille & Learn Turminha Legal, também com 0,2%. Na embalagem do Funny Car, da Plastbrinq, há inclusive um "selo" em que se lê "não contém ftalatos".

A Portaria nº 369/07 do Inmetro faz distinção para brinquedos destinados a cada faixa etária. Os ftalatos DINP, DIDP e DNOP estão liberados para os produtos destinados aos maiores de 3 anos, mas não para os menores, tendo que respeitar o limite de 0,1%. Já os ftalatos DEHP, DBP e BBP são proibidos para qualquer faixa etária em concentrações maiores de 0,1%.

Os ftalatos são responsáveis por deixar maleável o PVC - sigla para policloreto de vinila, um tipo de plástico muito comum em brinquedos e em outros produtos. Essas substâncias são suspeitas de provocar problemas no fígado, nos rins e no sistema reprodutivo, além de serem considerados potencialmente cancerígenas. Elas são absorvidos pelo organismo em contato com a pele, com a saliva ou pela inalação.


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